sexta-feira, 5 de maio de 2017

"A carne mais barata do mercado é minha carne fêmea!"

O meu batuque não tem nome não, quando canta meu Goiás dança meu Maranhão!

Neste quente compasso deixe o corpo mexer, assim sua saúde vai se restabelecer.

Promotoras Legais Populares, pelo fim da violência à mulher.
A cultura que eu tenho não se compra em pacote, ela é arte ancestral tem no Sul, Centro e Norte
Se você quiser saber como é que ela chama, olhe as mãos de quem trabalha e o coração de quem ama
Se você quiser saber de onde é que ela vem, olhe os pés de quem trabalha e sua história também
Mas se você quiser saber onde é que ela mora, olhe pros raios do sol quando vem rompendo a aurora.

Família Urucungos, Puítas e Quijengues

Era uma vez um Sábio Chinês
Que um dia sonhou que era uma borboleta
Voando nos campos, pousando nas flores
Vivendo assim um grande sonho
Até que um dia acordou
E pro resto da vida uma dúvida
lhe acompanhou
Se ele era um sábio chinês
que sonhou que era uma borboleta
ou se ele era uma borboleta
sonhando que era
um sábio chinês

Beija-flor de amor me leva
como o vento levou a chuva

 La cantante de la trinidad e Patuskada 

La Cantante de La Trinidad e Sus Hijos

Los chicos en São José do Rio Preto-SP

Com Cristina Bueno, inauguração do Shopping das Bandeiras

Dona Luzia é uma negra boa, ela faz o samba la na casa da patroa.

La Cantante de La Trinidad
Pérola Negra e Diamante Ocre, meus guardiões
Mãe Nil e Francisco baby sobre flores de ypê amarelo
Mãe Nil de primeira viagem e Luzia Beija-Flor baby
Nil Sena e Caetano Resistência Latina, Quilombo Brotas 2012

               Rainha Nilvanda, arte de aluno interno da Fundação Casa Carlos Gomes sobre fotografia de Alik Woonder, proposta de trabalho da professora Alessandra Melo, Campinas-SP.
NILVANDAD UM ENCANTADO, arte de um aluno paraense sobre fotografia de Alik Woonder, projeto Fabulografias Cartões Postais.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Todas as minhas músicas são precedidas de uma história em geral, experienciada por mim e esta que nasceu de um profundo grito do meu coração, foi concebida em 2004 quando nasceu o meu filho Francisco da Mata e eu me encontrava desempregada e muito embora eu tivesse um razoável cachê à receber da Prefeitura de Campinas, de oficinas de Maracatú que havia ministrado pela ocasião do carnaval; eu me encontrava sozinha com minha filha Luzia Beija-Flor de 3 anos de idade, num pós parto do meu filho Francisco da Mata e sem condições financeiras para uma boa alimentação e sem condições físicas para sair imediatamente daquela situação...num dia daqueles quando eu ainda tinha arroz e feijão para comer, fui ao quintal e colhi algumas folhas da planta Dente de Leão para fazer de salada para eu comer com minha filhinha, porém as folhas do Dente de Leão que têm suas bordas bem desenhadas em zigue-zague espinhavam a boca de minha filhotinha que me dizia "mamãe, eu não quero comer isto" e eu tentava convencê-la a comer dizendo-lhe sobre as propriedades daquela "salada" : "Coma filhinha, esta planta é rica em sais minerais, clorofila e algumas vitaminas... é Dente de Leão, é muito bom", enquanto segurava as lágrimas para não caírem dos olhos, então Luzia me disse :"esta planta espeta minha boca (lágrimas) não é planta mamãe, é mato! Dente de Leão é bom; mas é difícil de comer! e chorava)...
Não aguentei e chorei em cima do rosto do meu filho Francisco da Mata que mamava em meu peito naquele instante, então me lembrei de quando morava no sertão do Maranhão, que la nunca comíamos Dente de Leão, que aliás la se chama Cravo de Urubú e que la, desde que meu pai começou a lavrar a terra e semear nela as sementes de que precisava, minha família nunca mais passou fome, entretanto eu estava ali no bairro Guará, Barão Geraldo, sub-distrito de Campinas, rodeada de professores da Unicamp e outros intelectuais e exotéricos e não tinha o que comer durante meu puerpério, então esta cantiga protesto saía do meu útero e entrava pelo meio da minha testa e girava numa roda sem fim gritando melodicamente.

DENTE DE LEÃO
(Maracatú- Nil Sena)

(rufando as alfaias)  
Eu quero um prato de feijão, com farinha e rapadura
que é da cana a doçura meu bem, como te ti é a formosura...
(entra Luanda, primeiro só agogô por três tempos e em seguida na cabeça do tempo da alfaia começa o canto)
DENTE DE LEÃO É BOM, MAS É DIFÍCIL DE COMER!
DENTE DE LEÃO É BOM, MAS É DIFÍCIL DE COMER!
EU QUERO É VER O CIDADÃO, CHEGAR NO MEIO DO SERTÃO
PISAR O DENTE DE LEÃO E O SERTÃO NÃO LHE COME!
EU QUERO É VER O CIDADÃO, CHEGAR NO MEIO DO SERTÃO
PISAR O DENTE DE LEÃO E O SERTÃO NÃO LHE COME!

EU VIM AQUI FOI PRA DIZER, TANTA COISA HÁ PRA FALAR
MAS QUERO VER O SERTANEJO, SENDO FELIZ POR INTEIRO
SEM TER TERRA PRA PLANTA
EU QUERO É VER O SERTANEJO, SENDO FELIZ POR INTEIRO
SEM TER TERRA PRA PLANTAR!

EU VIM AQUI DIZER QUEM SOU, VOS NÃO VAIS SE ASSUSTAR
MAS COMO VIVER SEM RANCOR, NESTA TERRA DE DOUTOR
SE EU NEM TENHO ONDE MORAR
COMO VIVER SEM RANCOR, NESTA TERRA DE DOUTOR
SE EU NEM TENHO ONDE MORAR!

QUE O BRASIL É MUITO BOM, EU NÃO ME CANSO DE DIZER
É A MAIS BELA NAÇÃO, O PAÍS DA EXPORTAÇÃO
E EU NÃO TENHO O QUE COMER
É A MAIS BELA NAÇÃO, O PAÍS DA EXPORTAÇÃO
E EU NÃO TENHO O QUE COMER!

AGORA VOU ME RETIRANDO, ANTES VOU ME APRESENTAR
EU SOU CABOCLA VERDADEIRA, PRA ESSAS TERRAS EU VIM PRIMEIRA
E QUEM CHEGOU POR DERRADEIRA...ATÉ MIN'HALMA QUIS ROUBAR
EU SOU CABOCLA VERDADEIRA, PRA ESSAS TERRAS VIM PRIMEIRA
E QUEM CHEGOU POR DERRADEIRA...ATÉ MIN'HALMA QUIS ROUBAR
ATÉ MIN'HALMA QUIS!
ATÉ MIN'HALMA!
ATÉ MIN'HALMA QUIS ROUBAR, ATÉ MIN'HALMA QUIS ROUBAR
ATÉ MIN'HALMA QUIS ROUBAR!.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017




CHUVA DE DEUS
Música (Reggae) de Shuen Guan, recebida durante a primeira chuva de 2017 em Barão Geraldo.

EU GOSTO QUANDO DEUS MANDA A CHUVA           EU GOSTO QUANDO DEUS MANDA
E AS ÁGUAS COMEÇAM CAIR                                        A CHUVA                                   
ESCORREM PELA MINHA CABEÇA                                E AS ÁGUAS COMEÇAM A CAIR
VEM FAZENDO UM SOM TODO ASSIM                         A NOITE O SONO VEM CHEGANDO
CHUÁ, CHUÁ, CHUÁ, CHUÁ, CHUÁ!                              E AS ÁGUAS AGORA FAZ SÍ
                                                                                                SÍ, SÍ, SÍ, SÍ, SÍ!
EU GOSTO QUANDO DEUS MANDA A CHUVA
E AS ÁGUAS COMEÇAM CAIR                                         EU GOSTO QUANDO DEUS MANDA
MOLHANDO OS NÓS DA MINHA CABELEIRA              A CHUVA
NOS MEUS OLHOS ELAS FAZEM UM DÓ                       E AS ÁGUAS VIRAM RIACHO
DÓ, DÓ, DÓ, DÓ, DÓ!                                                           HÁ PÁSSAROS QUE CHEGAM
                                                                                                 CANTANDO
EU GOSTO QUANDO DEUS MANDA A CHUVA             MAS TAMBÉM HÁ SAPOS QUE
E AS ÁGUAS COMEÇAM CAIR                                          COACHAM
AFAGANDO O MEU CORPO POR INTEIRO                     REGGAE, PIU, REGGAE, PIU-PIU,...
NOS MEU PÉS ELAS FAZEM O RÉ
RÉ, RÉ, RÉ, RÉ, RÉ!                                                              CHOVE CHUVA, CHUVA CHOVE
                                                                                                 CHUVA DE DEUS, CHUVA DO CÉU
EU GOSTO QUANDO DEUS MANDA A CHUVA             DO CÉU, DO CÉU, CHUVA DE DEUS
E AS ÁGUAS COMEÇAM CAIR                                          CHUVA DO CÉU, DO CÉU, DO CÉU
NÃO SEI SE A CHUVA É QUEM ME MOLHA                   DE DEUS DO CÉU.
OU SE EU MOLHO ELA DE MÍ
DE MÍ, DE MÍ, DE MÍ, DE MÍ, DE MIM!

EU GOSTO QUANDO DEUS MANDA A CHUVA
E AS ÁGUAS COMEÇAM CAIR
EU OLHO PRAO CÉU E AGRADEÇO
PELAS ÁGUAS QUE ME BANHAM EM FÁ
FÁ, FÁ, FÁ, FÁ, FÁ!

EU GOSTO QUANDO DEUS MANDA A CHUVA
E AS ÁGUAS COMEÇAM CAIR
MOLHANDO A REDE E A ESTEIRA
MEU LENÇOL QUE SECAVA AO SOL
SOL, SOL, SOL, SOL, SOL!

EU GOSTO QUANDO DEUS MANDA A CHUVA
E AS ÁGUAS COMEÇAM CAIR
MOLHANDO ATÉ A RIBANCEIRA
ONDE A GENTE PODE ESCORREGAR
EU VOU PRÁ LÁ, PRÁ LÁ, PRÁ LÁ, PRÁ LÁ, PRÁ LÁ!